Como já cantaram os Raimundos (sim, refiro-me àquela banda nojenta e machista) nos Anos 90: Na na na na na na na na na na na na na na na na... NA NA NA o Diabo, EU QUERO É ROCK!

Foi ontem. Mas ainda estou remoendo as porradas que levei. Tive a sensação de que minha dissertação não valia nada. Pudera. Quanta porrada. E eu que achava que sabia alguma coisa, hoje só sei que nada sei, que nada sou, que nada tenho. Um título é sempre um título. Não. Um título só merece ser título se você é capaz de tirar dele a mais profunda lição. A da humildade. E embora todos no trabalho e entre os meus amigos e parentes se aproximem de mim para me parabenizar, eu sei que falta muito, muito ainda pra chegar lá. Diante da infinidade de textos que ainda tenho que ler e teorias e malucos que tenho que conhecer, o Mestrado foi só um batentinho que eu subi.
Encarei a defesa como um ritual de passagem. Se você não for capaz de engolir em seco enquanto os catedráticos que compõem a banca fuzilam-no com palavras de chumbo, você não é digno de receber um título, mesmo que seja de Mestrado.
O que sinto agora é uma tremenda ressaca e uma tremenda angústia de não ter sido melhor aluna, de não ter feito melhor.
De tudo isso ficou uma coisa muito importante: a admiração que nutri, e acredito não ruirá nunca, pelo meu orientador, Prof. Dr. Jonatas Ferreira. Cara do bem. Gente boa. Competente. Educador. Tudo de bom, no melhor sentido da palavra. Exigente, eu sei, mas ser humano. Aprendi muito, querido professor. Pouco, talvez, para a Academia. Mas aprendi mesmo que o que vale é a determinação e o empenho em ser a cada dia um pouquinho melhor. Melhor aluno. Melhor professor. Melhor ser humano. Aprendi com você. Um abração.

Cynthia conhece os silfos
segue o vento
E, por momentos,
traz folhas secas no olhar
Cynthia é quase mar:
vive tormentos -
Seu sentimento quer inundar

Cynthia é outra onda:
passa à margem
e resolve-se na beira
(cynthia-capibaribe, cynthia-capoeira)
E não bebe mais cachaça
(cynthia-inexata quer sobriedade)
Mas embriaga-se
- a bem da verdade -
com todos os felinos da praça

Cynthia quer outro andar:
quer um aumento
Se deixa invadir
e vem sitiar
(Cynthia quer movimento:
cynthia-cimento quer se soltar)
Se Cynthia fosse deserto
(cynthia-calor, sem alimento)
meu sofrimento seria mar...

Cynthia deseja tornar sossegado
o andamento da vida veloz
Quer ter todo o seu ser empregado
na tecelagem de rudes avelãs.

Carnaval já tá aí batendo na porta da gente, invadindo nossas vidas, chamando pra folia. Frevo. Maracatu. Caboclinho. E o que mais der na telha. Bal Masqué. Vermelho e Branco. Verde e Rosa. Sala de Justica. Prévia não falta pra atencipar o que vai rolar nos nove dias de Momo. É porque em Pernambuco o carnaval começa no sábado de Zé Pereira e só termina no domingo da semana seguinte. Tem pra todos gostos: alternativos e undergrounds deleitam-se no Recbeat, solteiros e solteiras, nas ladeiras de olinda... Mas e pra quem não gosta como eu?
Até que inventei um tempo aí de gostar de carnaval, subi e desci ladeira de Olinda. Dei tanto beijo de boca que até perdi a conta. Ainda continuo indo ao Recbeat, mas tem me faltado companhia. Meus amigos preferem as troças e os blocos. Nada de circuito underground! E eu lá me engajando em tudo o que o que é bloco. Eita inferno pa ter cão. Quimico carnavalescos tarja preta. E por aí vou fazendo de conta que adoro carnaval.
Pior do que seguir troças sem gostar é fazer aniversário em plena terça-feira de carnaval. Não posso nem inventar a desculpa de que prefiro passar o dia vendo a maratona de clipes da mtv. Senão ninguém vai lembrar mesmo. Além do mais, todo underground que se preza tem que tomar uma no dia do seu aniversário, mesmo que seja seguindo uma troça. Depois a gente passa uma borracha e faz de conta que nada aconteceu.

Ps. Apesar de não ser carnavalesca, adoro os tambores dos maracatus e tudo que faça referência à cultura Afro. Sou pernambucaníssima e tenho o maior orgulho do carnaval do Estado.

Não foi de propósito. De repente o nome estava na ponta da língua. Girl Power. E por que não Power Girl? É menos óbvio, gramaticalmente falando.
Então eu precisava de uma imagem que representasse o meu estado de espírito. Não deu coutra: cores quentes (verde, laranja e amarelo). O restante ficou ao encargo da minha amiga Guida. Sensível essa garota! Traduziu em três cores o meu desejo de voar!
E de repente eu me dou conta que meu desejo já vem se realizando. Meu telefone que nem tocava mais, agora toca. Meus amigos me chamando pra sair, pra tomar uma, duas, três, dez... Segunda, terça, quinta, sábado, domingo.
Quinta e domingo. Dias que eu realmente escolhi pra curtir a liberdade. A liberdade de estar só. Coisa legal ir para o Castanhola nas quintas-feiras de janeiro e ver o dia amanhecer. Às vezes curtindo o som dos meninos que tocam lá, às vezes bebendo, às vezes cantando (por que não?), mas sempre me permitindo a companhia dos amigos: novos e velhos.
E agora, de volta ao trabalho. (Eu estava de férias). Mesmo tendo que acordar às cinco horas da manhã,
Vida de operário
Vida de operário
Duas horas de ônibus
Em pé ou sentado
Vida de operário
Continuo me permitindo a saída com os amigos. Abrimos até uma conta no Mução. Eu e Ângela, só pra gente não perder o costume de tomar umas com os amigos, mesmo na hora do almoço.

PS. Mução foi a alcunha dada a um bar próximo do meu trabalho, onde a gente vai almoçar só pra escapar um pouquinho da repressão.

Assim como no Big Bang, eu deixo meu mundinho particular explodir e se transformar em glamour!
Porque a partir de hoje eu decidi voltar a brilhar no mundo virtual! Afinal, todo mundo é uma estrela!!!

Ps. Não podia deixar de divulgar o trabalho mais do que massa da minha amiga Guida, a Blog Designer deste glitter blog!

E viva Debbie Harry!