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Tuesday, May 01, 2007
TRABALHADORES DE TODO O MUNDO, UNI-V0S!


O proletariado passa por diferentes fases de desenvolvimento. Logo que nasce começa sua luita contra a burguesia.

A princípio, empenham-se na luita operários isolados, mais tarde, operários de umha mesma fábrica, finalmente operários do mesmo ramo de indústria, de umha mesma localidade, contra o burguês que os explora directamente. Nom se limitam a atacar as relaçons burguesas de produçom, atacam os instrumentos de produçom: destroem as mercadorias estrangeiras que lhes fazem concorrência, quebram as máquinas, queimam as fábricas e esforçam-se para reconquistar a posiçom perdida do artesao da Idade Média.

Nesta fase, constitui o proletariado massa disseminada por todo o país e dispersa pola concorrência. Se, por vezes, os operários se unem para agir em massa compacta, isto nom é ainda o resultado de sua própria uniom, mas da uniom da burguesia que, para atingir os seus próprios fins políticos, é levada a pôr em movimento todo o proletariado, o que ainda pode fazer provisoriamente. Durante essa fase, os proletários nom combatem ainda seus próprios inimigos, mas os inimigos de seus inimigos, isto é, os restos da monarquia absoluta, os proprietários territoriais, os burgueses nom industriais, os pequenos burgueses. Todo o movimento histórico está, desse modo, concentrado nas maos da burguesia e qualquer vitória alcançada nessas condiçons é umha vitória burguesa.

Ora, a indústria, desenvolvendo-se, nom somente aumenta o número dos proletários, mas concentra-os em massas cada vez mais consideráveis; a sua força cresce e eles adquirem maior consciência dela. Os interesses e as condiçons de existência dos proletários igualam-se cada vez mais, à medida que a máquina extingue toda diferença do trabalho e quase por toda a parte reduz o salário a um nível igualmente baixo. Em virtude da concorrência crescente dos burgueses entre si e devido às crises comerciais que disso resultam, os salários tornam-se cada vez mais inestáveis; o aperfeiçoamento constante e cada vez mais rápido das máquinas torna a condiçom de vida do operário cada vez mais precária; os choques individuais entre o operário e o burguês tomam cada vez mais o carácter de choques entre duas classes. Os operários começam a formar unions contra os burgueses e actuam em comum na defesa de seus salários; chegam a fundar associaçons permanentes a fim de se prepararem, na previsom daqueles choques eventuais. Aqui e ali a luita transforma-se em rebeliom.

Os operários triunfam às vezes; mas é um triunfo efêmero. O verdadeiro resultado de suas luitas nom é o êxito imediato, mas a uniom cada vez mais ampla dos trabalhadores. Esta uniom é facilitada polo crescimento dos meios de comunicaçom criados pola grande indústria e que permitem o contacto entre operários de localidades diferentes. Ora, basta esse contacto para concentrar as numerosas luitas locais, que tenhem o mesmo carácter em toda a parte, numha luita nacional, numha luita de classes. Mas toda luita de classes é umha luita política. E a uniom que os burgueses da Idade Média levavam séculos a realizar, com os seus caminhos vicinais, os proletários modernos realizam-na em poucos anos por meio das vias férreas.

A organizaçom do proletariado em classe e, portanto, em partido político, é incessantemente destruída pola concorrência que fam entre si os próprios operários. Mas renasce sempre e cada vez mais forte, mais firme, mais poderosa. Aproveita-se das divisons intestinas da burguesia para obrigá-la ao reconhecimento legal de certos interesses da classe operária, como, por exemplo, a lei da jornada de dez horas de trabalho na Inglaterra.

Em geral, os choques que ocorrem na velha sociedade favorecem de diversos modos o desenvolvimento do proletariado. A burguesia vive em guerra perpétua; primeiro, contra a aristocracia; depois, contra as fracçons da própria burguesia cujos interesses se encontram em conflito com os progressos da indústria ; e sempre contra a burguesia dos países estrangeiros. Em todas essas luitas, vê-se forçada a apelar para o proletariado, reclamar seu concurso e arrastá-lo assim para o movimento político, de modo que a burguesia fornece aos proletários os elementos de sua própria educaçom política, isto é, armas contra ela própria.

Além disso, como já vimos, fracçons inteiras da classe dominante, em conseqüência do desenvolvimento da indústria som precipitadas no proletariado, ou ameaçadas, polo menos, nas suas condiçons de existência. Também elas trazem ao proletariado numerosos elementos de educaçom.

Finalmente, nos períodos em que a luita de classes se aproxima da hora decisiva, o processo de dissoluçom da classe dominante, de toda a velha sociedade, adquire um carácter tam violento e agudo que umha pequena fracçom da classe dominante se desliga desta, ligando-se à classe revolucionária, a classe que trai em si o futuro. Do mesmo modo que outrora umha parte da nobreza se passou para a burguesia, nos nossos dias, umha parte da burguesia passa-se para o proletariado, especialmente a parte dos ideólogos burgueses que chegárom à compreensom teórica do movimento histórico no seu conjunto.

De todas as classes que ora enfrentam a burguesia, só o proletariado é umha classe verdadeiramente revolucionária. As outras classes degeneram e perecem com o desenvolvimento da grande indústria ; o proletariado, polo contrário, é o seu produto mais autêntico.

MARX & ENGELS. Manifesto do Partido Comunista. 1948.