Dedido esse
post a todos os psicólogos, psicanalistas, psiquiatras e consumidores de pedrinhas do mundo.
Tenho observado como as formas de referir às pessoas mudam com o tempo (não diria evoluem). Lá nos tempos idos em que meu pai tentava conquistar a minha mãe, provavelmente ele se referia à ela como o broto, depois virou mina, gata, figura e agora, a outra metade ganhou uma alcunha nada romântica. É o doido pra cá, a doida pra lá. "Meu irmão, aquela doida é muito gente fina" ou "Nossa, o doido nem ligou ainda". Acho até que já sei qual o motivo desse novo pronome ter entrado na roda: em tempos de pós-modernidade todo mundo é mesmo tarja preta.
Veja na minha família: 90% das mulheres já fizerem, fazem ou farão uso de algum ansiolítico, antidepressivo ou coisa que o valha. E olhe que a minha família é matriarcal e predominantemente feminina.
Se for contar o número de amigos e amigas que são chegados num rivotrilzinho, vou acabar esquecendo e sendo injusta com alguém.
E por falar em Rivotril, no meu círculo de amigos, virou moeda de troca ou lembrancinha. Quando a gente quer agradar um ao outro, dá uma pedrinha pro amigo, é garantia de sorriso. Também, com tanta miséria e desgraça, pra viver nesse mundo só sendo tarja preta mesmo.
GOD SAVES THE ROCK 'N' ROLL!
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